O texto analisado traz a reflexão da importância da utilização de técnicas midiáticas para ampliar o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula, pois a expansão tecnológica é fato e está presente na vida diária dos alunos e não podemos excluí-la uma vez que o trabalho com a realidade do aluno se faz necessário.
Pesquisas apontam que brasileiros ficam mais tempo na TV e na web do que lendo, desta forma os textos orais começam a ganhar espaços e as diversas mídias vem ao encontro dos mesmos. A alfabetização e o letramento midiático precisam ser promovidos junto aos jovens e adultos, pois as mensagens das mídias tem gramática própria e são usadas para expressar idéias e conceitos sobre o mundo.
Destaca-se também que não há mídia que não possa ser utilizada na escola e a integração entre as TICs e a educação devem se dar em duas dimensões: como ferramenta pedagógica e como objeto de estudo.
Uma abordagem curricular das mídias nas escolas inglesas que foi difundida por Balzalgatte(1992), está baseada em seis conceitos: agência, categorias, tecnologia, linguagens, audiências e representação, mas o mesmo autor alerta que os mesmos não devem ser adotados de uma forma linear.
Após o embasamento teórico o autor descreve como realizou sua pesquisa de campo analisando a utilização da mídia em diferentes escolas e em diferentes situações didáticas. Observa-se o trabalho com as mídias com diferentes faixas etárias e a utilzação de TV e vídeos foram citados constantemente, também a parece na pesquisa a utilização de fotografias, rádios em atividades por meio da web ou no recreio e os jornais. A pesquisa também aponta a questão de formação do professor frente aos avanços tecnológicos e também a manutenção de equipamentos.
Outra questão apontada na pesquisa é a utilização da internet por parte dos alunos como fonte de pesquisa e a facilidade em colar e copiar textos onde os mesmos nem sequer refletem sobre o que estão colando utilizando-se de uma linguagem que não lhes é usual.
O autor conclui sua pesquisa que há equipamentos nas escolas de Florianópolis, mas que não há formação para os professores que promova ou estimule uso crítico e criativo. Os aspectos ligados à tecnologia, linguagem e representação foram os mais trabalhados e agência, categorias e audiência foram os menos abordados, apontando assim um caminho em construção.
